Pa” 1  Bareiro

 

Relação di minha vida

Di quando eu naci

 

Eu naci em 31 de Janeiro di 1.900,

 

João Moreira Sobrinho

 

e a Figenia em Junho di 1903 que Naceu

 

quem for li esta iscrita peso descurpar porqui esta mal escrito peso na reparar não tem ponto e tem muito ero porque qum escreveu só 7 mez di escola na rosa e foi por um profesor particolar porqui noz tinha di esdudar e pesar no cerviso qui tinha di fazer

 

João Moreira Sobrinho

 

Em 31 de Janeiro de 1.900

Pasna 1 Barreiro

Eu comesei a fazer estra descriminasão em fim de Janeiro de 982

 

Eu naci em 31 de Janeiro de 1.900

 

Até a idadi 3 anos eu não sabia oque sepasava na vida depois di 3 anos comesei afazer alti. O meu Pai conprava prego para mim fazer cazinha e comprou um martilo aminha vida era fazer cazinha e coral di vaca mas eu era muito nervozo mais quando algem me amolava eu semtava o martelo nos pregos e emterava todos e depois ia fazer de novo i ai a idadi foi e eu comtinava na brica=

deira e com isso a idadi foi pasando qando eu chegei asus 9 ana o Papai estava cortano um capaeirinho no pasto e tinha carro puchando a lenha eu temtei conpanhar o carro é o carro qando vinha caregado para casa eu temtei subir encima da lenha e o careiro sangou com migo mais subi asimesmo numa decida au cai no meius do bois e fui para debaixo da roda do cara a roda mi pegou no resto e mi abri o rosto e o careiro gritou por Nosa senhora di Nazaré e o caro alenvontou e pasou porcima di mim e não me pegou mais o caro acabou de pasar deu uma bacada e jogou a lenha qui esta solta por sima nos pés di café e esa lenha ficou lá um ano nengem tirou eu ainda sai di=

baicho do caro e o careiro gritou Papai qui esta perto e elli veio e mi pegou e

Página 1  -  Barreiro  (município de Perdões/MG).

 

Esta é a história da minha vida.

De quando eu nasci, até hoje.

 

Eu nasci em 31 de Janeiro de 1.900.

 

Meu nome é João Moreira Sobrinho.

 

E a Efigênia, minha esposa, nasceu em Junho de 1903 (ninguém nunca soube exatamente o dia).

 

A quem for ler esta história, eu peço desculpas pois está mal escrita. Não tem ponto final, vírgula e tem muitos erros de português. É que eu só tive 7 meses de escola, na roça, e assim mesmo por um professor particular. Isto porque nós tínhamos que estudar e fazer todo o serviço que tinha que ser feito.

 

João Moreira Sobrinho

 

Nascido a 31 de Janeiro de 1.900

Página 1  -  Barreiro  (município de Perdões/MG).

 

Eu comecei a escrever esta história em fins de Janeiro de 1.982.

 

Eu nasci em 31 de Janeiro de 1.900.

 

Até a idade de 3 anos eu não sabia o que se passava na vida. Depois dos 3 anos eu já comecei a fazer arte (estrepolias). O meu pai comprava pregos para eu fazer casinha e curral de gado. Mas eu era muito nervoso. Quando alguém me chateava eu sentava o martelo nos pregos e enterrava todos. Depois eu refazia tudo de novo. A idade foi passando e eu continuava na brincadeira.

 

Quando eu estava por volta dos 9 anos de idade, me lembro do meu pai estar cortando uma capoeirinha (mata feita de pequenos arbustos) no pasto, cuja lenha tinha um carro de boi levando-a para a nossa casa. Eu gostava de acompanhar o carro de boi carregado. Nesse dia eu tentei subir em cima da lenha. O carreiro sangou comigo, mas eu subi assim mesmo. Numa descida eu escorreguei e caí no meio dos bois e fui para debaixo do carro. A roda me pegou no rosto e ia passar por cima de mim. O carreiro gritou por Nossa Senhora de Nazaré. Nesse momento o a roda do carro que ia passar sobre mim se levantou e passou por todo o meu corpo sem me tocar (a marca desse acidente tinha de 3cm a 4cm, verticalmente abaixo do olho e o acompanhou por toda a vida). Assim que terminou de passar por mim a roda voltou ao chão com uma bacada (baque) jogando toda a lenha que estava solta em cima co carro nos pés de café que estavam próximo (quando ele contava esta história dizia sempre que o carro, ao passar no alto por sobre ele, continuou cantando – os eixos dos carros de boi eram lubrificados com sebo boi para emitir um som alto, que podia ser ouvido por toda a região). Essa lenha ficou lá um ano, sem ninguém tocar nela. Eu saí de debaixo do carro e o carreiro  gritou papai, que estava perto. Ele veio, me pegou e

 

 

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