MOTIVAÇÃO - VII
CONTINUANDO ...
Os artigos que fazem parte desta série explicitam os conceitos
sobre o tema Motivação, conceitos esses que fazem parte de um dos
três temas do meu livro QUEM EH VOCÊ? Pessoal e
Profissionalmente? que será lançado em 2009. A única diferença
é que no livro existem testes escritos que permitirão ao leitor
traçar o seu perfil motivacional. Uma forma dele se conhecer
melhor!
Indo um pouco mais a fundo na questão, podemos perceber que a
Motivação não é algo que possa ser diretamente observado nas
pessoas. Inferimos a existência da Motivação observando o
comportamento do indivíduo. Um comportamento motivado se
caracteriza pela energia nele contida e está sempre dirigido para
atingir uma meta ou um objetivo. Portanto, é um conjunto de forças
internas que mobilizam o indivíduo para atingir um dado objetivo
como resposta a um estado de necessidade, carência ou
desequilíbrio. A palavra “motivação” vem do latim “movere”,
que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é
susceptível de mover o indivíduo, de levá-lo a agir para atingir
uma meta.
Entende-se que a motivação é o resultado dos
estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a
ação. Para que haja uma ação ou uma reação é preciso que um
estímulo seja implementado, seja decorrente do meio exterior ou
proveniente do próprio organismo.
Vale aqui esclarecer o que significam estímulo e motivação. Muitos
autores aceitam que, quando os estímulos são externos eles são
tidos apenas como estímulos. Entretanto, quando os estímulos ou
impulsos são internos ao indivíduo estes são chamados de
motivação. Motivo então pode ser definido como "algo interno que
leva o indivíduo a manter um comportamento orientado para atingir
um objetivo". Alguns motivos, como a fome, a sede, o sexo, etc.,
são considerados não aprendidos, isto é, são naturais da espécie.
Apesar de serem independentes da aprendizagem para seu
aparecimento, sabe-se que os motivos naturais podem ser
influenciados por incentivos externos. Incentivo é um objeto ou
condição externa que estimula o aparecimento do comportamento
motivado.
Outros motivos são basicamente aprendidos. Aprendemos, por
exemplo, a desejar a aprovação social, a almejar dinheiro, a
desejar afiliação. A identificação de um motivo auxilia na
compreensão do comportamento humano. Por exemplo, o chamado motivo
de afiliação é que leva um indivíduo a participar de um grupo
esportivo, de um clube de pais e mestres, de um movimento
político. Também é necessário considerar que um comportamento
motivado pode ser resultado de vários motivos atuando ao mesmo
tempo. Assim, ao procurar desempenhar-se bem no exercício da
profissão, um indivíduo pode estar motivado pela necessidade de
dinheiro, de segurança, de aprovação social, e de afiliação. No
mínimo!
Necessidades Transcendentais
Além da auto-realização, Maslow posteriormente acrescentou à sua
teoria, o desejo de todo ser humano de saber, conhecer e de ajudar
os outros a realizarem seus potenciais. Há assim, uma necessidade
transcendental do ser humano de buscar o sentido das coisas de
forma a organizar o mundo em que vive. São necessidades
denominadas cognitivas e incluem os desejos de saber e de
compreender, sistematizar, organizar, analisar e procurar relações
e sentidos.
Maslow ressaltou que existem certas condições para que as
necessidades transcendentais possam ser satisfeitas. A liberdade
de falar e agir como se deseja, desde que não se fira o direito
alheio, a liberdade de auto-expressar-se, de investigar e procurar
informações. A liberdade de se defender e buscar justiça, equidade
e ordem dentro do grupo são exemplos de condições prévias para que
sejam satisfeitas essas necessidades transcendentais. Para Maslow,
sem essas precondições seria impossível a satisfação dessas
necessidades.
É uma necessidade instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir
que estão fazendo o melhor com suas habilidades e superando
desafios. As pessoas neste nível de necessidades gostam de
resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de
ajudar os outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o
mais alto potencial da pessoa, e está além das Necessidades de
Auto-Realização. Exemplo? Desde o dia 27/06/08 o bilionário Bill
Gates deixou a direção da Microsoft e, junto com sua esposa
Melinda French, passaram a dar atenção total à Fundação Bill e
Melinda Gates, uma obra totalmente filantrópica que, em 2005, já
era dona de 29 bilhões de dólares. Uma atitude que, certamente,
buscou atender uma necessidade transcendental dele e da esposa!
CONTINUA ...
Erlei Moreira
Engenheiro,
Professor,
Consultor e
Escritor.
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