PARA DESCONTRAIR

 

 

Outro dia, passeando pela Internet, eu dei de cara com um artigo do Dr. Luiz Roberto G. Fava (Cirurgião – Dentista, Especialista em Endodontia e Palestrante nas áreas de qualidade de vida, motivação e sucesso). Ele falava de ter boas idéias. Não resisti e estou compartilhando-o com vocês. Pincei apenas uma parte do artigo, dado o pouco espaço do jornal. Mas acho que vale a pena ler! O artigo começa assim!

 

“Agora, permita que eu me atenha a três expressões do cotidiano que, eventualmente poderiam gerar lucros.

 

aCor de burro quando foge. Esta expressão significa qualquer coloração indefinida. Então, porque não torná-la definida? E lançar uma linha de roupas, panos para cortinas ou estofados. E aí, quando alguém lhe perguntar: “Que cor é esta?”, você responde: “Cor de burro quando foge”, literalmente.

 

bGosto de cabo de guarda-chuva. A definição é gosto ruim na boca devido a uma ressaca. Muito bem! Por que não torná-lo agradável ao paladar? Muitas pessoas provam de tudo: sommeliers, provadores de café, chefes de cozinha, etc., que poderiam desenvolver algo com um gosto diferente, sabor “cabo de guarda-chuva”, como um doce, um suco, um chiclete, enfim, qualquer coisa que se pudesse comer ou beber e que tivesse um gosto inusitado, porém agradável ao paladar.

 

cViajar na maionese. Poderíamos traduzir esta expressão como dizer ou afirmar algo que foge aos padrões normais durante a discussão de determinado tema ou assunto. Por exemplo: um professor ensina a lei da gravidade aos alunos. De repente, alguém pergunta: “Professor, a lei da gravidade pode ser aplicada a planetas de outras galáxias?”. Para muitos, este aluno “viajou na maionese”. Pois bem. Que tal uma fabricante de maionese lançar a campanha “viajar com a maionese”. Bastaria trocar um determinado número de rótulos por cupões e concorrer a uma viagem à França. “Não viaje na maionese. Viaje com a maionese”. E por que a França? Ora, porque a palavra maionese vem do francês mayonnaise.

 

Comecei este texto citando três expressões idiomáticas que poderiam servir de exemplos de idéias inusitadas. Gostei tanto que escrevi o texto abaixo só empregando tais expressões. E, caso você não saiba o significado de algumas delas, sugiro consultar o pai dos burros.

 

Naquela noite não conseguiu pregar o olho, recordando que haviam lhe puxado o tapete. Apesar de ter agüentado uma barra, dormiu no ponto e ficou sem emprego. Não soube por as barbas de molho. Os dias voavam e ele já estava andando na corda bamba, matando cachorro a grito, na pindaíba, o que o ajudava a ficar como barata tonta, entregue às baratas e sentindo-se como tendo sangue de barata. Tinha levado na cabeça e pagou o pato por isso. Estava, realmente, com a corda no pescoço. Queria dar o pinote, picar a mula porque não podia sequer queixar-se ao bispo. Capitulou.

 

Enfiou a viola no saco de tanto correr atrás do prejuízo. No seu silêncio, ficou buscando as características daquele amigo da onça, que vivia lhe dando abraços de tamanduá: com a pulga atrás da orelha, vivia dando bandeira e sempre de cara amarrada vivia roendo a corda. Tinha espírito de porco e o olho maior do que a barriga. Quando resolvia pregar uma peça, caía matando. Era um cabeça de bagre. Vivia incomodando seus colegas de trabalho. Além de não cheirar bem para seus pares, dava panos para manga fazendo coisas por baixo dos panos. Talvez por isso, tudo que fazia ia por água abaixo, dava zebra. Quando estava nervoso, rodava a baiana, soltava os cachorros, chutava o balde e o pau da barraca. Um dia, andando pela rua, deu de cara com um antigo colega de trabalho. Ao comentar sobre sua situação, este colega lhe disse:

 

- Volte à carga. Você é um pau pra toda obra. Sabe dançar conforme a música e bater o pé quando necessário. Acredite, vai dar pé. Você é do chifre furado. Tenho certeza que você não vai dar com os burros na água.

 

Ele deu ouvidos ao antigo colega de trabalho e, pouco tempo depois, após receber uma informação de fonte limpa, conseguiu um novo trabalho. Aquela colocação que sempre comeu com os olhos e de deixar qualquer um babando, com água na boca. No peito e na raça e de peito aberto, percebeu que era aí que a porca torce o rabo. Resolveu ver de que lado sopra o vento porque nunca tinha visto mais gordo alguns aspectos de seu novo posto. Trabalhou, trabalhou como um cão. E a cada nova promoção ele celebrava vendo passarinho verde. Até que um dia, tornou-se CEO. Deu a volta por cima e deixou muita gente chupando o dedo. Sua vida ia de vento em popa e seu desempenho sempre o distinguia com a parte do leão. Enfim, amarrou o burro na sombra. Um dia soube que aquele que o tinha passado para trás, feito ele viver uma vida de cachorro, havia batido com as dez lá onde Judas perdeu as botas.

 

No início, teve pena. Mas depois, saiu com sua amada para comer como um bispo, sacudir as cadeiras e afogar o ganso. Bons ventos o levem!

 

Meu hemisfério direito me deu o insight e várias alternativas para levar a cabo a idéias deste texto. Já o esquerdo colocou as idéias em ordem, desfez o fio da meada. Aí eu saí à francesa e resolvi botar pra quebrar.

 

Idéias inusitadas, geniais, não são privilégio de ninguém, pois de médico, poeta e louco, todo mundo tem um pouco, como afirma o ditado popular. E, se algum dia eu encontrar uma lâmpada, esfregá-la e dela surgir um gênio, espero que ele seja você.”

 

Erlei Moreira

Engenheiro, Professor,

Consultor e Escritor.

 

 

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