ASSERTIVIDADE – II

 

EM TRÊS ATOS!

 

SEGUNDO ATO!

 

No primeiro artigo, terminamos falando que os indivíduos que carecem de auto-afirmação se dividem em seis categorias básicas. E a primeira citada foi:

1 - OS QUE FICAM SEMPRE QUIETOS EM SEU LUGAR

 

CONTINUANDO ...

 

2 - OS QUE PERMANECEM À RETAGUARDA

 

Executam excelente trabalho, mas não sabem que isso acontece. Outras pessoas se valem do mérito de seus atos. Ficam sempre na condição de subalternos e jamais conseguem promoções. Seu problema é o seguinte: possuem potencialidades e ambições para se promoverem, mas, pelo fato de serem tão carentes de auto-afirmação, nunca aprenderam como chamar a atenção dos outros para aquilo que realizam. Seus chefes e colegas de trabalho surrupiam suas idéias. Eles permitem que assim procedam. E ficam ressentidos por causa disso.

 

3 - OS QUE SUBSTITUEM A AUTO-AFIRMAÇÃO PELA AGRESSIVIDADE

 

São os piores inimigos. Trabalham bem, mas perturbam todo o pessoal, criam confusões, discordam de todos de maneira hostil e desagradável. As outras pessoas não apreciam suas maneiras a tal ponto que nem prestam atenção ao que dizem embora suas idéias sejam excelentes, na maioria das vezes.

 

4 - OS QUE PERMANECEM NA CONDIÇÃO DE DAMAS DE HONRA

 

Como não se mobilizaram para trabalhar de maneira adequada, não realizam suas potencialidades. Apresentam o problema de falta de autodomínio do próprio comportamento. É possível que adiem a execução de suas tarefas ou as concluam com atraso. Possivelmente ficam sonhando acordado o dia inteiro. Quando, afinal, metem mãos à obra, o trabalho que realizam é de primeira ordem. Todavia, seus maus hábitos de trabalho impedem que obtenham promoções. As outras pessoas têm consciência de seus valores e ficam a indagar por que tais indivíduos não se realizam. A princípio, seus superiores ficam desapontados com eles, mas, com o passar do tempo, não esperam mais de sua parte um desempenho máximo e, muitas vezes, irritam-se porque sua falta de disciplina lhes criam problemas. Os indivíduos desse tipo receiam ser despedidos e, muitas vezes, isso acontece.

 

5 - OS QUE VIVEM SE QUEIXANDO

 

O problema de tais indivíduos é sua passividade. Vivem permanentemente atormentados com as exigências que o trabalho lhes impõe, com o ambiente, com a maneira com que as outras pessoas lhes falam ou agem em relação a eles. Todavia, como nunca cogitam do que poderiam fazer diante de tais situações, pensam o seguinte: "Eles deveriam fazer alguma coisa". Mas não discutem a situação, nem apresentam sugestões às pessoas certas. Em vez disso, mostram-se aborrecidos e ficam a resmungar em locais onde seus murmúrios não poderão resultar em qualquer mudança de situação.

 

6 - OS EXPLORADOS

 

Sorriem amavelmente e dizem "sim" a tudo que lhes é solicitado. Não só vivem sobrecarregados de trabalho como também, com freqüência, abdicam de seu próprio tempo e raramente ouvem um "muito obrigado". Não aprenderam a dizer "não" a pedidos não razoáveis, nem mesmo a declarar: "Olhe, é impossível para mim executar todo esse  trabalho hoje. Que devemos fazer a esse respeito?". Os resultados de uma atitude dessa natureza são crises de pranto ou de cólera no trabalho, muitas vezes estados de depressão ou de irritabilidade em casa e, finalmente, uma compulsiva troca de empregos.

 

Resumindo, a maioria das pessoas têm consciência da importância econômica de seus empregos. Sabem que a maneira de ganhar o pão de cada dia determina onde e como vivem, que escolas seus filhos freqüentam, que roupas compram, que renda lhes permite adquirir um apartamento em um condomínio ou mesmo garantir uma aposentadoria adequada.

 

No entanto, essa consciência não as leva a dar um único passo à frente. Não refletem sobre o papel que exercem seu emprego em suas vidas, nem avaliam o que dar a esse emprego ou dele obter. Em conseqüência disso, não conseguem aquilo que realmente desejam e sentem-se insatisfeitos com o que lhes chega às mãos.

 

Um emprego significa coisas diferentes para pessoas diferentes dependendo de fatores como: o temperamento do indivíduo; sua idade; suas atitudes aprendidas em relação ao trabalho; as oportunidades de trabalhos existentes; as metas que o indivíduo estabelece para sua vida em geral etc. A decisão acerca do tipo de trabalho que uma pessoa deseja obter e conservar e o modo como quer comportar-se e desempenhar suas atividades nesse trabalho são coisas que somente cada pessoa poderá decidir. Quando deixa de tomar essa decisão, tal atitude conduz a conseqüências infortunadas como a frustração, o tédio, a infelicidade etc. Tendo em vista que o trabalho constitui importante aspecto da vida de uma pessoa, tais conseqüências poderão afetar todos os aspectos de sua existência.

 

CONTINUA ...

 

Erlei Moreira

Engenheiro, Professor,

Consultor e Escritor.

 

 

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