|
EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS - XIII
SE VOCÊ NÃO ESTIVER ATENDENDO O CLIENTE,
É MELHOR QUE ATENDA ALGUÉM QUE O ESTEJA FAZENDO!
Karl Albrecht
POSFÁCIO
Vamos relembrar as âncoras que vimos lançando nesta série de
artigos? No 1º, caracterizamos o que é a Era dos Serviços. No 2º,
mostramos que mudanças só são possíveis com o aval e emprenho da
Direção da empresa. No 3º e no 4º, falamos das etapas para a
implantação de um programa de Excelência em Serviços. Os 5º e 6º
artigos versaram sobre a Etapa I - Identificação das Demandas. No
7º, alertamos sobre Demandas Promíscuas. Nos 8º e 9º, falamos
sobre a Etapa II - “Determinação do Objetivo Principal, da
Estratégia e das Metas”. No 10º e 11º, disponibilizamos o teste de
Estilos Pessoais. No 12º, falamos sobre Planejamento de Marketing.
Continuando ...
Neste 13º artigo vamos iniciar a
Etapa III - Implantação da
Filosofia da Excelência em Serviços
Sendo esta uma das etapas mais polêmicas do processo e, por
outro lado, a mais determinante do sucesso do programa como um
todo, torna-se necessário estabelecer, de inicio, o conjunto de
princípios norteadores das ações de cada um dos membros da
empresa, seja ele da Diretoria, do apoio ou da linha de frente,
preceitos estes que podemos chamar de: os 10 princípios da
Filosofia da Excelência em Serviços, quais sejam:
01 - Princípio da Máxima Satisfação dos Clientes;
02 - Princípio da Educação e Desenvolvimento das Pessoas;
03 - Princípio da Qualidade;
04 - Princípio da Congruência;
05 - Princípio da Melhoria Contínua;
06 - Princípio da Gestão Participativa;
07 - Princípio do Desenvolvimento de Processos;
08 - Princípio da Disseminação de Informações;
09 - Princípio da Parceria com Fornecedores;
10 - Princípio da Ética e da Legalidade.
§
01 - Princípio da
Máxima Satisfação dos Clientes
Muito se tem falado nos últimos tempos sobre a necessidade da
empresa em obter a máxima satisfação dos seus clientes em relação
à qualidade dos serviços prestados. Para ser possível o
atendimento desses desejos empresariais é preciso, antes de tudo,
conhecer profundamente os clientes da empresa. E algumas dessas já
sentiram “no caixa” o que significa desconsiderar esta realidade.
Desde o advento do Código de Defesa do
Consumidor, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, as
pessoas estão cada vez mais conscientes dos seus direitos e, cada
vez mais, exigentes de qualidade e de preço justo. Isto significa
que, nos dias atuais, obter a máxima satisfação dos clientes
requer uma percepção mais refinada e procedimentos mais complexos
por parte das organizações.
Não se pode aqui esquecer que as empresas possuem dois tipos
de clientes: os clientes internos, que são os funcionários e os
clientes externos, que são as pessoas que compram da empresa. Há
que se levar em conta que, quanto mais tempo a empresa estiver no
mercado, menores são as chances de que ela compreenda esses seus
clientes. Portanto, se a empresa não vem percebendo as alterações
nos hábitos dos seus clientes, poderá surpreender-se com os
resultados de uma pesquisa. Por isso, é recomendável que se faça
uma pesquisa de Percepção dos Clientes (internos e externos) tão
breve quanto possível. Pesquisa esta que pode ser feita por
escrito ou mesmo através de entrevistas individuais ou em grupos.
Por oportuno, vale aqui resgatarmos a idéia da inversão da
pirâmide hierárquica de poder nas empresas, assunto este que foi
proposto no 2º artigo, em 28/04/2007, que reproduzimos abaixo.
Características da empresa
moderna:

Utilização de pesquisas constantes para identificação das
necessidades do consumidor; preocupação da Direção e do nível de
Supervisão em apoiar, educar e facilitar as atividades do pessoal
de linha de frente para que estes atendam bem os clientes;
compartilhamento de objetivos; ênfase no resultado final;
valorização do trabalho de equipe; estabelecimento do Contrato
Psicológico de Trabalho; entendimento de que as mudanças podem
trazer desafios estimulantes; co-responsabilidade de todos pelo
atendimento ao cliente; aceitação e administração dos conflitos
internos como uma forma de aprendizagem; entrosamento, sem
restrições, entre as pessoas de todos os níveis hierárquicos;
avaliação do talento individual pela capacidade empreendedora;
estímulo à criatividade; aceitação de que as falhas na
implementação de novas idéias são positivas e têm valor
pedagógico; interesse de todos em trabalhar melhor; etc.
Embora as idéias aqui apresentadas possam parecer
interessantes à primeira vista, sua implementação não é um
trabalho fácil. Na verdade, esta proposta de inversão do enfoque
piramidal e de distribuição do poder contraria tudo o que
aprendemos até hoje sobre administração de empresas. Em que pese
isso, algumas empresas já estão adotando, empiricamente, este novo
modelo. O ponto comum entre elas é que, sem exceção, todas têm o
processo conduzido pela Direção.
Continua ...
Erlei Moreira
Engenheiro,
Professor,
Consultor e
Escritor.
RETORNAR |