EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS – VIII

 

NINGUÉM É TÃO COMPETENTE QUANTO TODOS NÓS JUNTOS!

 

POSFÁCIO

 

O primeiro artigo caracterizou o que é a Era dos Serviços e como ela surgiu. O segundo mostrou que qualquer mudança só é possível se for conduzida pela Direção da empresa. No terceiro e no quarto artigos falamos genericamente das etapas para a implantação de um programa de Excelência em Serviços. No quinto e sexto artigos falamos sobre a Etapa I - Identificação das Demandas, mais exatamente sobre disponibilidade financeira, vontade política e demandadores. No sétimo artigo alertamos sobre as Demandas Promíscuas que a empresa sofre, ou até mesmo provoca.

 

Continuando ...

 

Neste oitavo artigo vamos começar a falar sobre a segunda etapa: “Determinação do Objetivo Principal, da Estratégia e das Metas”.

 

Conceitualmente, Objetivo Principal é o destino da empresa que é traçado pela direção, visando orientar os Planos de Ação de sua equipe para um período de médio e longo prazo. Um oportuno exemplo de Objetivo Principal, válido para qualquer segmento de Serviços seria, por exemplo: “fornecer serviços com a mais alta qualidade”. A Estratégia, por sua vez, pode ser definida com o argumento que motivará os clientes a escolherem o seu produto ao invés de todos aqueles disponíveis no mercado. Quantos destes argumentos implícitos de venda estão contidos nas frases estrategicamente plantadas em nossas memórias? “A nÚmero 1”, “A BOA”, “... DO JEITO QUE TEM QUE SER”, “... a dor sumiu”, “MOVIDOS PELA PAIXÃO”, “VIVA O NOVO”, “ ... CONTE COMIGO”, “... TODO MUNDO USA”, “... A nÚmero 1 EM GARANTIA”, “brindEM - o hipermercado dos brindes” etc. Já por Metas, entende-se o conjunto de pequenos alvos devidamente registrados num Plano de Ação que, uma vez atingidos, estarão cristalizando o Objetivo Principal.

 

Teoricamente, tudo faz sentido. Entretanto, na prática, nada se concretiza se não lançamos mão de uma importante ferramenta da administração, o Planejamento. Não o planejamento como um ato isolado, feito por alguém preso em sala e escondido atrás de uma mesa. Mas como um processo participativo e interativo entre os vários escalões.

 

Nas organizações já estabelecidas, quando se planeja, geralmente é porque a direção está preocupada com os níveis de sobrevivência. Tanto estas quanto as que estão se estabelecendo, necessitam traçar o caminho a ser trilhado a partir do presente, já sabendo onde querem chegar, no futuro.

 

Não se traçam caminhos seguros, sem o conhecimento prévio de diversos fatores, no que tem a ver com o seu negócio. Eles podem parecer distantes de sua realidade e irrelevantes frente à estrutura do seu negócio, mas suas influências e impactos podem ser fatais.

 

No sentido de orientar uma análise prévia, é recomendável um estudo substancial de conjunturas e de variáveis ambientais, compreendendo as seguintes áreas:

 

Econômica – Taxa de inflação, taxa de juros, mercados de capitais, nível do PIB, balança de pagamentos, reservas cambiais, distribuição de renda etc;

 

Social – Situação socioeconômica de cada segmento da população, qual o perfil do seu potencial cliente, a situação sindical e política (organização e ideologia), atividades econômicas principais do município etc;

 

Cultural – Níveis de alfabetização e de escolaridade, estrutura educacional, veículos e comunicação de massa (estrutura, níveis de audiência e de concentração) etc.

 

Tecnológica – Aquisições ou transferências de know-how feitas pelo País, Estado e Municípios, desenvolvimento local de tecnologias, sistema de proteção de marcas e patentes, velocidade das mudanças, nível de orçamento dedicado à pesquisa e desenvolvimento tecnológico no país, incentivos do governo a sua área etc.

 

Política – Monetária, tributária, trabalhista, de saúde, de segurança, industrial, comercial etc;

 

Legal – Áreas tributárias, trabalhistas, comerciais etc;

 

Demográfica – Densidade, mobilidade, taxa de crescimento, composição e distribuição da população, processo migratório etc;

 

Ecológica – Nível de envolvimento ecológico, índice de poluição, legislação existente etc.

 

A despeito dos cuidadosos estudos, do objetivo principal bem definido, das criativas estratégias e das metas amplamente divulgadas para todas as pessoas da organização, muitas empresas não conseguem entender porque seus planos de ação não saem do papel. As causas podem ser várias, porém as mais comumentes detectadas são:

 

                        Continua ...

 

Erlei Moreira

Engenheiro, Professor,

Consultor e Escritor.

 

 

 

 

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