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EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS - III
SÊNECA QUE NOS
PERDOE MAS, MAIS IMPORTANTE DO QUE SABER PARA ONDE IR, É DESCOBRIR
A DIREÇÃO DOS VENTOS FAVORÁVEIS.
Os dois primeiros artigos desta série tiveram o objetivo de
lançar as bases para a busca da
Excelência em Serviços.
O primeiro
serviu para caracterizar o que é a Era dos Serviços e como ela
surgiu. O segundo mostrou que qualquer mudança, proposta no
sentido de melhorar os serviços prestados, só é possível se for
conduzida pela Direção da empresa.
Fazendo a analogia deste caminhar com uma viagem marítima,
já foi dito o porquê da viagem, onde aportar, quem deve ser o
comandante da embarcação e as precauções que este deve tomar.
Próximo passo, montar o plano de navegação aproveitando o
favorecimento dos ventos. É o que este artigo quer começar a
fazer.
A busca da Excelência em Serviços visa, fundamentalmente,
racionalizar os processos de produção dos serviços com vistas a
torná-los mais competitivos, ou seja, mais baratos e com maior
qualidade. Esquematicamente, a sua implantação na empresa deve
observar as seguintes etapas:
I - Identificação das demandas;
II - Determinação do Objetivo
principal, da Estratégia e das Metas;
III - Implantação da Filosofia da
Excelência em Serviços;
IV - Implementação das Mudanças;
V - Ancoragem do Programa.
Dada a sua abrangência, cada uma dessas etapas será alvo de
detalhamento em futuras matérias. Porém, genericamente tem-se que:
I – IDENTIFICAÇÃO DAS DEMANDAS
Para evitar águas revoltas que possam colocar o programa a
pique, só transformando a empresa numa comunidade produtiva. Para
isso, é necessário equacionar os vários interesses envolvidos na
empresa: os do(a) proprietário(a) ou acionistas, dos clientes, dos
funcionários, dos fornecedores e os da sociedade. Pelo
desinteresse em considerar todas essas demandas, muitas
organizações são comunidades, mas não são produtivas; outras são
produtivas, mas não são comunidades; mas a grande maioria delas
não é nem uma coisa nem outra.
II –
Determinação do Objetivo
Principal,
da
Estratégia e das Metas
Equacionadas as demandas internas e externas, é hora de
determinar o rumo a ser seguido. Esta é a função do
Objetivo Principal:
estabelecer a direção que devera tomar a proa da
embarcação pelo longo período da viagem.
Já a Estratégia,
por sua
vez, deve representar o grande diferencial competitivo entre a
empresa e seus concorrentes. Trata-se não só de uma bandeira a
orientar os serviços no dia-dia, mas de um beneficio que o cliente
esteja disposto a pagar por ele. Ambos, Objetivo Principal e
Estratégia, devem refletir o desejo da Direção da empresa e cujo
foco deve estar no mercado.
As Metas
são alvos –
traduzidos em ações- que, uma vez atingidos contribuem para a
cristalização do Objetivo Principal da empresa. Cada meta deve ser
traçada para curto ou médio prazo. Além disso, deve ser flexível o
suficiente para receber correções sempre que se afastar da direção
do alvo. Elas são, de praxe, atribuição da Direção da empresa.
Entretanto, o envolvimento das gerências intermediárias nessa
etapa tem demonstrado que as metas ficam mais próximas da
realidade e há um maior comprometimento de todos com os
resultados.
Erlei Moreira
Engenheiro,
Professor,
Consultor e
Escritor.
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