A DELEGAÇÃO
EFICAZ - I
À medida que uma empresa se
expande e à medida que o contexto externo exige mais de todos os
cargos não se pode sobreviver nessa empresa com uma "EUquipe".
Então surge e torna-se cada vez mais imperiosa a necessidade de
delegar, ou seja, o chefe autoriza alguém que se reporte a ele a
fazer um trabalho que, de outra forma, teria que realizar sozinho.
Às vezes não basta uma só pessoa,
mas faz-se necessário um grupo para lidar com a complexidade de um
trabalho ou função. Nesse sentido, é que a delegação pode
proporcionar crescimento de todos.
Muitos gerentes ainda pensam que
delegar é jogar a responsabilidade de alguma coisa sobre os
outros. No entanto, delegar não é lavar as mãos, desinteressar-se.
Esse gerente não pode se esquecer que, perante o seu supervisor,
continua responsável pela operação a ser desenvolvida. Todos nós
temos alguém a quem temos que prestar contas, até autônomos.
Traduzindo, na delegação transfere-se autoridade, não
responsabilidade, que permanecerá sempre nas mãos de quem delegou.
Delegação também não é sinônimo de
anarquia e impossibilidade de controle, como alguns chefes
imaginam. Pensam isso baseados em experiências infelizes do
passado, que provocaram reações irracionais porque os funcionários
foram jogados numa situação nova e desconhecida sem instruções
adequadas, sem autoridade suficiente para agir, sem clareza de
política ou procedimentos.
A delegação, ao contrário, é algo
que estreita as relações positivas de um líder com seus
colaboradores, desenvolve o respeito e a confiança dos integrantes
da equipe, aumentando-lhes o entusiasmo. Para que a delegação
possa ser sentida por todos é preciso que o chefe obedeça a quatro
princípios: a) estabeleça objetivos claros; b) conceda
autoridade adequada; c) esclareça política e regulamentos; d)
proporcione treinamento eficaz.
Estabeleça Objetivos claros
Ninguém se interessa por algo que
parece não ter finalidade ou lógica. Isto pode até atingir
negativamente o colaborador. Ao delegar, é vital que o supervisor
torne transparente o resultado final que o trabalho deve alcançar.
Isto motiva o desempenho eficaz. Ao chefe cabe estabelecer
objetivos como um fato lógico, de forma clara, específica,
evidenciando os resultados esperados em termos de qualidade e
quantidade.
O ato da delegação deve ser
entusiástico: o gerente deve estar consciente de que está fazendo
algo de bom ao colaborador e deve levar ao mesmo a idéia de que,
além de ser mais uma experiência valiosa para o seu crescimento
profissional, a tarefa delegada trará, ainda, benefícios ao
crescimento pessoal do colaborador.
É importante observar que o ato da
delegação não se encerra com a expressão do pedido feito pelo
gerente. Os objetivos devem estar mutuamente esclarecidos e
aceitos, os prazos devem ser sensatamente analisados e a nova
incumbência deve ser absorvida objetivamente pelo colaborador, com
os devidos ajustes em suas prioridades de trabalho.
Conceda Autoridade Adequada
Se não houver delegação de
autoridade, o supervisor está impossibilitado de julgar resultados
insatisfatórios. Nessa situação caberá, antes de tudo, que o mesmo
passe a refletir sobre sua autocracia, seu conservadorismo, seu
exercício indevido de poder e a sua ausência de pensamento claro
sobre as situações que o colaborador irá encontrar pela frente.
Por isso é importante lembrar que
tarefas aparentemente simples demandam quantidade surpreendente de
autoridade para virem a ser concretizadas, e que não há condições
para começar uma tarefa enquanto não houver autoridade compatível.
Portanto, cabe ao gerente que delega, prever exatamente a
quantidade de autoridade de que o colaborador precisará.
Esclareça Política e
Regulamentos
Por ocasião da delegação, o
gerente deve certificar-se de que seu colaborador compreende a
política e os regulamentos da área e da empresa, sejam eles
escritos ou não, estipulando a estrutura prática dentro da qual
ele deverá agir. O conhecimento desses recursos limita a escolha
de ações que podem ser tomadas nas diferentes situações que irá
enfrentar. Em outras palavras, estarão especificados os limites
que não deverão ser ultrapassados. A ausência de clareza na
comunicação sobre essa política e os regulamentos é um exercício
de sabotagem da delegação, gerador de incompetência, desperdício e
frustração do colaborador. É desnecessário comentar os efeitos de
constantes erros, atribuições de culpa, advertências injustas e,
por consequência, o papel de vítima.
Se o gerente quiser evitar
desilusões, cinismo, desmotivação e falta de iniciativa, basta que
desenvolva a credibilidade do colaborador em suas orientações,
através da correta comunicação das normas implícitas ou explicitas
que envolvem as ações no contexto da área e da organização.
CONTINUA ...
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Erlei Moreira
Engenheiro,
Professor,
Consultor e
Escritor.
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