CAMPANHA
ANTI-TABAGISTA – VI
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Hoje queremos
falar com as mães, e pais responsáveis, sobre os efeitos do
TABAGISMO PASSIVO em Crianças e Bebês! Texto do site do INCA.
Lembrando, a
CAMPANHA ANTI-TABAGISTA em Lavras começa dia 21/04/2009.
Inscreva-se!
Define-se
tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco
(cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de
fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em
ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes
fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e,
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais
grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior
causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e
ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986;
Glantz, 1995).
O ar poluído
contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais
monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias
cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois
de passar pelo filtro do cigarro.
A absorção da
fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados
com fumantes causa:
1 - Em adultos
não-fumantes
• Maior risco de
doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de
exposição à fumaça;
• Um risco 30%
maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que
os não-fumantes que não se expõem.
2 - Em crianças
• Maior
freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de
doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da
asma.
3 - Em bebês
• Um risco 5
vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente
(Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de
doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número
de fumantes em casa.
Efeitos da
fumaça sobre a saÚde da criança
Se a mãe fuma
depois que o bebê nasce, este sofre imediatamente os efeitos do
cigarro.
Durante o
aleitamento, a criança recebe nicotina através do leite materno,
podendo ocorrer intoxicação em função da nicotina (agitação,
vômitos, diarréia e taquicardia), principalmente em mães fumantes
de 20 ou mais cigarros por dia.
Em
recém-nascidos, filhos de mães fumantes de 40 a 60 cigarros por
dia, observou-se acidentes mais graves como palidez, cianose,
taquicardia e crises de parada respiratória, logo após a mamada.
Estudos mostram
que crianças com sete anos de idade nascidas de mães que fumaram
10 ou mais cigarros por dia durante a gestação, apresentam atraso
no aprendizado quando comparadas a outras crianças: observou-se
atraso de três meses para a habilidade geral, de quatro meses para
a leitura e cinco meses para a matemática.
Em crianças de
zero a um ano de idade, que vivem com fumantes, há uma maior
prevalência de problemas respiratórios (bronquite, pneumonia,
bronquiolite) em relação àquelas cujos familiares não fumam. Além
disso, quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o
percentual de infecções respiratórias, chegando a 50% nas crianças
que vivem com mais de dois fumantes em casa.
É, portanto,
fundamental que os adultos não fumem em locais onde haja crianças,
para que não sejam transformadas em fumantes passivos.
Fumantes
passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição
tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos,
manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas
alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos
problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e
angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a
redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é
capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter
aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em
crianças.
Os dois
componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são
a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que
sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última
o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da
queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas
substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno,
nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em
quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido
ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando
a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo
INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no
Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5
vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de
carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça
exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária
chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A
amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma
maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais
dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante
da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).
O cerco ao
Tabagismo está fechando. Dia 07/04/09 foi aprovado por 69 a 18
votos, para todo Estado de São Paulo, a Lei 577/08, antifumo. Veja
link:
http://www.conjur.com.br/2009-abr-07/deputados-paulistas-aprovam-lei-fumo-locais-fechados
Erlei Moreira
Engenheiro, Professor,
Consultor e Escritor.
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