JANELA DE JOHARI - IV

 

 

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VERIFIQUE SE O SEU FEEDBACK ESTÁ SENDO CORRETAMENTE RECEBIDO

 

Qualquer sinal, uma vez transmitido, está sujeito a interferências. É passível que seu interlocutor tenha interpretado erroneamente aquilo que você disse. Por isso, ao transmitir seu feedback, você deve verificar a reação do receptor. Peça ao mesmo que repita com suas próprias palavras o que você acabou de dizer e retifique-o se você tiver a impressão de não ter sido bem compreendido.

 

FAÇA COM QUE SEU FEEDBACK SEJA DESCRITIVO

 

"Você é um sujeito complexado?"; "Você só quer livrar sua cara?", são frases que exprimem uma interpretação do comportamento de seu interlocutor. Acontece que a finalidade de suas informações não consiste em formular hipóteses psicológicas sobre outras pessoas. Afinal, você não é nenhum psiquiatra. Geralmente as interpretações desse tipo transmitem uma impressão de arrogância e por isso provocam reações defensivas. Limite suas informações aos aspectos visíveis do comportamento.

 

ESCLAREÇA OS MOTIVOS DE SEU FEED8ACK

 

Procure lembrar-se de que atrás das informações transmitidas por você também se ocultam seus próprios desejos e necessidades. Por isso, você também deve dizer quais são os sentimentos que o comportamento de seu interlocutor lhe provoca e esclarecer por que resolveu dar-lhe o feedback naquele momento. Não exagere na aplicação dessas regras. Não se transforme numa pessoa que quer dar ares de superinteligente, se atribuindo o direito de julgar os outros. Procure ajudar os outros e a si mesmo, procurando adquirir uma idéia clara dos sentimentos que se encontram atrás de suas informações. Faça estas perguntas: "O que sinto ao transmitir estas informações?"; "Por que estou dizendo isto neste momento?"; "O que pretendo conseguir?".

 

VERIFIQUE SUA PRÓPRIA CAPACIDADE DE JULGAMENTO

 

Antes de mais nada pergunte a si mesmo se o seu estado emocional momentâneo não constitui um obstáculo à correta compreensão do comportamento de seu interlocutor. Quem sabe você não estaria cego de raiva? Será que os outros tiveram a mesma visão ou percepção do comportamento alheio que você? Estas perguntas evitam que você veja o comportamento dos outros por um ângulo preconcebido.

 

REGRAS PARA A RECEPÇÃO DO FEEDBACK

 

SOLICITE O FEEDBACK DOS OUTROS SEMPRE QUE PUDER

 

A maioria das pessoas não está acostumada a receber e transmitir corretamente o feedback. Costumamos confiar em nossas idéias e preconceitos, sem exprimi-los. Você pode educar as pessoas, através de seu comportamento, a lidar melhor umas com as outras, desde que esse comportamento constitua uma demonstração de como fazer as coisas melhor. Não se esqueça de que os outros o veem de forma diferente da que você mesmo se vê. Parta do pressuposto básico de que sua capacidade de percepção é limitada, motivo por que os outros poderão ajudá-lo a ter uma visão mais objetiva de si mesmo e das outras pessoas.

 

DIGA EM TERMOS CONCRETOS QUAIS AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ DESEJA RECEBER

 

Não faça perguntas genéricas, do tipo: "Qual é a impressão que estou causando em você?". É preferível perguntar: "Minha conversa o incomodou?"

 

NÃO DISCUTA NEM PROCURE DEFENDER-SE

 

O ataque, vindo de outra pessoa, não deixa de ser uma espécie de feedback. Pode representar a informação de que certo comportamento seu aborreceu essa pessoa. Não parta logo para o contra-ataque; procure esclarecer as coisas. Empregue as regras de transmissão do feedback, para que seu interlocutor possa exprimir aquilo que realmente quer dizer.

 

EXAMINE O SENTIDO DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS

 

Procure descobrir o que seu interlocutor realmente quis dizer com a informação a seu respeito. O que estará querendo exprimir ao afirmar que você é indelicado? Peça uma descrição concreta de seu comportamento. Procure repetir o feedback com suas próprias palavras.

 

COMUNIQUE SUAS REAÇÓES

 

De início, as pessoas com quem você está em contato se sentirão constrangidas em dizer francamente o que pensam de você. Em geral uma conversa franca tem um efeito desinibidor sobre todos os participantes. O problema é que só aprendemos isto com a experiência. Você poderá colaborar para que este efeito desinibidor aconteça, desde que diga imediatamente, dizendo-lhe se suas palavras o deixaram alegre ou aborrecido. Dessa forma os outros ficarão sabendo como estão as coisas com você.

 

Boa sorte!

 

Erlei Moreira

Engenheiro, Professor,

Consultor e Escritor.

 

 

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