JANELA DE
JOHARI - III
CONTINUANDO ...
O MODO "D" DE SE RELACIONAR
Mostram a Arena suplantando as
outras áreas e o Desconhecido como a área menor. Neste caso,
"Exposição" e "Feedback” estão em equilíbrio e a pessoa em geral
se relaciona com franqueza, abertura e preocupação pelas
necessidades suas e dos outros. Vale dizer que, nem sempre os
sentimentos e comportamentos das outras pessoas vão corresponder a
esse padrão, porque essa mesma franqueza ou abertura pode ameaçar
quem não esteja habituado a se comportar assim ou não tenha ainda
maturidade para tal.
PRINCÍPIOS DA DINÂMICA DA
JANELA DE JOHARI
Alguns princípios básicos regem a
dinâmica da Janela de JOHARI, os quais mencionamos abaixo por
julgarmos de utilidade:
* Uma mudança em qualquer
quadrante afetará os demais quadrantes.
* Gasta-se muita energia ao
esconder (Fachada), negar (Ponto Cego) ou ocultar (Desconhecido)
uma conduta que se encontra envolvida numa ação recíproca.
* A ameaça tende a reduzir o
conhecimento. A confiança mútua tende a aumentá-lo.
* Forçar um indivíduo a tomar
consciência de certas coisas não é desejável e, geralmente, não é
afetivo. Isto quer dizer que, quando alguém faz questão de dar
“feedback” a outra pessoa que esta não se mostra disposta a
receber, isso mais atrapalha do que ajuda a relação.
* Uma aprendizagem interpessoal
levará à ampliação da Arena e à redução das outras.
* A ampliação da Arena facilitará
o trabalho com os demais. Isto significa que muitos outros
recursos e habilidades dos membros podem ser utilizados para o bem
do grupo.
* Quanto menor o quadrante da
Arena, mais pobre fica a comunicação.
* Existe uma curiosidade especial
sobre o quadrante Desconhecido, mas esta é restringida por
costumes, formação social, temores diversos.
REGRAS PARA
DAR UM BOM FEEDBACK
VERIFIQUE A DISPOSIÇÃO DO
DESTINATÁRIO
Para transmitir feedback devemos
usar de franqueza para com as pessoas. Por isso torna-se
necessário verificar se o momento é adequado e examinar a medida
correta da franqueza. Dê tempo para que o outro possa acostumar-se
ao feedback transmitido por você. Uma franqueza a que não se está
acostumado pode chocar no início e bloquear a disposição de ouvir
da outra pessoa. Avance paulatinamente.
VERIFIQUE A CONVENIÊNCIA DE
SEU FEEDBACK
Verifique se o feedback que você
pretende transmitir realmente será útil ao seu interlocutor e se o
mesmo se insere naturalmente no tema da conversa. Procure
descobrir se você não está apenas descarregando sua agressividade.
Será que o feedback transmitido por você tem alguma utilidade?
Poderá levar o destinatário a modificar seu comportamento? A
informação que você lhe fornece é importante para ele e para o
assunto em debate?
VERIFIQUE SE SEU INTERLOCUTOR
DESEJA RECEBER O FEEDBACK
Lembre-se de que toda pessoa tem
sua barreira de percepções. Só pode absorver parte das informações
que lhe são fornecidas pelo ambiente, e assim mesmo quando mantém
o espírito aberto. Verifique se seu interlocutor realmente está
interessado nas informações que você pretende fornecer. É
preferível que o próprio destinatário solicite o feedback. Se o
mesmo pergunta, por exemplo: "Será que estou vendo as coisas sob
um ângulo errado?", ou quando diz: "Não tenho certeza se ... ",
isso significa que seu espírito está aberto para as informações
que você pretende transmitir.
VERIFIQUE O TEMPO DO SEU
FEEDBACK
Seja espontâneo nas suas
informações. Não deixe que os aborrecimentos fermentem em seu
interior. Para ajudar seu interlocutor, será preferível não aludir
ao comportamento passado. Fique apenas no "aqui" e no "agora".
VERIFIQUE A MEDIDA DO SEU
FEEDBACK
Faça referência apenas ao
comportamento atual de seu interlocutor. Muitas vezes é agradável
aliviar as tensões em nosso interior. Acontece que, dificilmente a
pessoa à qual você se dirige saberá fazer alguma coisa com uma
análise geral de seu caráter. Não se esqueça de que a capacidade
de receber informações é limitada em todos nós.
SEJA ESPECÍFICO EM SEU
FEEDBACK
Não fale em termas vagos dizendo,
por exemplo: "Você tem um espírito dominador", "Você é arrogante",
"Você gosta de recorrer a subterfúgios" etc. Com estas expressões
pretende-se caracterizar uma personalidade. É preferível ser mais
preciso, dizendo o que você nota em seu interlocutor, aqui e
agora: "Você acaba de me interromper"; "Vejo um sorriso irônico em
seus lábios"; "'É possível que você não tenha compreendido minha
pergunta" etc.
CONTINUA ...
Erlei Moreira
Engenheiro,
Professor,
Consultor e
Escritor.
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